Falecimento da Senhora Iracy Vilela de Farias, a Dona Iracy

Nesses últimos dois anos, depois de uma longa e dolorosa luta pela vida (o que de fato aconteceu com muita bravura e resistência por alguns meses), veio a óbito a Ex-Vereadora e Ex-Primeira Dama da Cidade de Carneiros, a Senhora Iracy Vilela de Farias.

Uma figura pública ligada às questões sociais e uma pessoa que sempre tratou a Família e os amigos como as instituições que realmente deveriam serem valorizadas sempre, Dona Iracy, como apenas era chamada por todos, ficou conhecida por se relacionar muito bem com todos os habitantes de Carneiros.

Viúva do saudoso Ex-Prefeito de Carneiros, Senhor Oton Gaspar de Farias, o qual teve papel político fundamental no desenvolvimento da Cidade, Dona Iracy foi sua parceira ideal, e juntos os dois tiveram a oportunidade de atuar para que os munícipes da Cidade pudessem ter uma vida mais digna. Isso ocorreu em um passado não tão distante, uma época nostálgica em que a política era disputada com muito respeito e amor.

 

Como uma última homenagem, o Blog CNC apresenta uma matéria sobre Dona Iracy, a qual foi concedida ao Blog carneirosterradepaz, do jornalista carneirense Jailson da Paz. Leia:

Iracy, a primeira vereadora

A campanha durou duas semanas. O tempo foi curto, mas o suficiente para “dona Iracy”, como é conhecida Iracy Vilela de Farias, 74 anos, receber a segunda maior votação entre os candidatos à Câmara Municipal. A eleição ocorreu em 1963, ano seguinte à emancipação política de Carneiros. Até 1962, Carneiros era distrito de Santana do Ipanema.

“Ninguém pedia nada aos candidatos. A campanha era feita na base do conhecimento e do respeito”, contou. Na época, ela contabilizou pouco mais de quatro dezenas de votos. “Uns 45”, estimou. Para o resultado da votação, reconhece Iracy, pesou o trabalho de Oton Gaspar Farias, com quem posteriormente se casou.

Ainda em 1963, dona Iracy abriu mão do mandato para ocupar um cargo remunerado na administração do então prefeito Agenor Rodrigues dos Anjos, o Nanô. De vereadora, ela passou para tesoureira municipal. Na época, os parlamentares não tinham direito a salário. “Se hoje a mulher pode chegar à Presidência da República, naquele tempo tudo era mais difícil”, entende a ex-vereadora.