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quarta-feira, 25 de abril de 2012

Carneiros existe, e resiste!

Em uma viagem inesperada realizada no mês passado, quando precisei deixar nossa querida Alagoas com destino ao vizinho Estado Sergipano, ocorreu um fato que me deixou bastante contrariado e, porque não dizer, confuso ao ponto de não saber se ria, se chorava, se calava, se me embravecia... mas, de início, reservei-me apenas comentar com os colegas (também carneirenses) que estavam na minha companhia sentados à mesa de uma churrascaria em Arapiraca, bela cidade que necessitamos parar para fazer uma refeição antes de retornarmos para casa.

O fato ocorrido ao qual me deixou contrariado se deu em uma Churrascaria de Arapiraca, onde se encontra uma permanente exposição em uma destacada parede de um belíssimo e gigante quadro representando o Mapa do Estado de Alagoas.

Até aí tudo ótimo! Viva a informação!

Foi justamente pelo destaque da obra que eu me aproximei do quadro para admirar aquele Mapa contendo uma série de detalhes que poderiam servir a todos, inclusive principalmente do ponto de vista pedagógico. Poderiam mas, infelizmente, definitivamente não pode!

Vamos lá, serei mais direto:

Ao me aproximar daquele quadro, comecei a observá-lo e, em questão de segundos fiquei pasmo pelo fato de nele não conter nenhuma informação que desse fato da existência da cinqüentenária Cidade de Carneiros, localizada no sertão alagoano.

Loucura! Loucura! Loucura! (propícia expressão do apresentador global Luciano Huck)!

Sem querer acreditar naquilo em que em estava vendo, ou acreditando que aquilo se tratava de uma pequena confusão mental, eu, então, apontei o dedo para o Mapa em direção a vizinha cidade de Santana do Ipanema (a qual pertencíamos) e, com esse mesmo dedo, sai desenhando o trajeto com destino a Carneiros. Foi pior!

Fiquei transtornado, pois me perdi e fui parar em outra cidade. Por um instante achei que estava tendo uma primeira crise de labirintite. Meu Deus, será que como Carneiros eu também não existo!? - indaguei comigo mesmo.

Aquele instante foi chocante, pois eu não sabia o que fazer. Confesso que tive vergonha, não de ser carneirense, jamais, mas do papelão do autor daquele “desrespeito”, daquela “imoralidade”, daquela “ofensa intelectual”.

“Ei, eu sou carneirense, pô! Até que provem o contrário, a minha cidade existe! Eu existo!” – pensei querendo falar.

Voltei à mesa. Contei aos colegas. Não acreditando, eles conferiram pessoalmente. Apesar de tudo, comemos, bebemos, fomos ao banheiro, pagamos a conta em dinheiro... fomos muito bem tratados (obrigado!), apesar dos pesares.

Mas, fica aqui um importante recado: nós temos uma história, porque nós construímos um povo em um lugar real, que existe de fato e de direito.

Portanto, no palavrear da juventude: se liga, mano! Cai na real!

3 comentários:

  1. Também vi a muitos meses atrás e fiquei indignado.

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  2. É... Infelizmente existe.

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    1. O que quis dizer com isso?! Certamente não és carneirense, pois cidadão dessa maravilhosa cidade se apresenta em qualquer lugar, não precisa se omitir; é gente de bem, digna de respeito e consideração.

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